terça-feira, 19 de dezembro de 2017

balas, doces e pirulitos

Para sempre
É algo real
Mas sou sempre abstrato
Nessas feiras de magias
Nunca acho a porção
Que diz que ficariamos para sempre
Peguei aquela onda e surfei
Até o final da maré
Terminamos no meio
Mas não chegamos no final
Você usa aquela ponte sempre
Quer dizer para sempre
Nunca dançaremos
Aquela música velha
Meu amigo disse que para sempre
Serei o menos bonito da turma
Alguns pirulitos e pipocas
Sempre grudam em minha blusa
Como um amor
Para sempre, algo que começou no meio
Nunca chega no final
Soltei um balão de gás quando
Tinha 6 anos, meu tio
Disse que para sempre ele vai flutuar
Alguns casos deveriam ser igual
Ao meu balão de gás.
No final amor é igual pipoca
E eu prefiro, brigadeiro


Tenho fé, só não sei utilizar


Estou pegando a highway to hell
E você mansamente está stairway to heaven
Sempre andei nas noites
Bares, brigas, mais um dose
De longe cê brilha feito um anjo
Fui a igreja, no dia de missa
cê transformou a igreja em sua segunda casa
Cê consegui falar com o Homem todo dia
Todo dia que estou bêbado, fico murmurando
Antes cê dormir, pede ao Homem que mande
Anjos, proteger a sua casa e sua família
E eu, quando não  apago de bêbado
Lembro de você
Todo dia, cê tem um sorriso
Que lembra o sol
E eu, estou sempre cabisbaixo
E todo dia é cinza
Ressacado de mais um dia
Não abro a janela
cê, faz questão de deixar o sol reinar
Tenho fé, só não sei utilizar
Cê transformou sua fé em uma ponte com o Homem
O paraíso, para você é questão de tempo
Mais um dia, bêbado, na escuridão escolheu para viver
Mais um dia, mais um porre

Nunca fui bom em dança lunar

Fui escolhido para ser o rei de espadas

Nunca fui bom em dança lunar
seu sorriso de Petrópolis eu guardei
Tenho um copo de tristeza e
uma boa dose de solidão
Você foi escolhida a rainha do Norte e eu ainda não fui ao Sul
Dois parágrafos, uma mensagem
 uma carta e dois copos a mais
Noite passada sonhei com nosso primeiro encontro
Você desfilava o melhor sorriso e eu pedia a cerva gelada
Nunca fui bom em números
mas faz algumas noites que sonho com você

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Muita gente já ultrapassou

"São Paulo
5:03 da manhã sinto a ferrugem, telefone continua calado.
Chego em casa tomo meu wisky e alimento mais a minha solidão
O gosto amargo insiste em permanecer no meu corpo
Corpo...corpo...está nú...
Gelado com o peito ardendo, gritando por socorro, preste a cair do 14º andar...
A sacada é curta, o grito é inevitável...
Eu vou acordar o vizinho, eu vou riscar os corpos, eu vou te telefonar...
E dizer que eu só preciso dormir..."







Duas estrelas acima e eu vou por ai

Eu tenho um barco
Mas sempre me afago no averso
Tacitamente eu lembro da Guanabara
Algumas cores ainda brilham feito o sol
De tudo o que eu planejei só não levei o guarda-chuva
Entre abraços e chuvas
Eu não tenho  a pilha do controle remoto
Hoje eu queria desligar essa estrela
Noite passada, eu corri até Jupiter
De todos os momentos, eu não jurei esse
Andando de trem e correndo de balão
Eu hoje, não desfilei meu sorriso
Hoje ou amanhã eu não tenho o que falar
Mas tenho uma dose de um conhaque
Um punhado de lembranças e uma de conhaque
Duas estrelas acima e eu vou por ai