terça-feira, 30 de junho de 2015

Wake Up

Ontem fui jantar na casa do Ribamar, aproveitei que teve festa na casa dele no domingo e ontem fui pegar as sobras, ele fez um churrasco e fui beber o que sobrou, ele me perguntou o que eu fiz nesse domingo, já que fiquei fora o dia todo e desliguei o telefone, fiquei com vergonha de falar, mas disse que não fiz, tentei, oh Deus, e se realmente eu tivesse levado a cabo mesmo isso? Aproveitei para elogiar o figado na brasa, Ribamar me olhou e perguntou se estava tudo bem, já que não tenho ido com frequência a casa dele, disse que estava sim, o lance todo é que não tenho sido o que eu achava que seria, ele perguntou se voltei a ouvir Mad Season, disse que as vezes, mas perguntou novamente o que fui fazer naquele domingo, tentei disfarçar e pedir mais um pouco de bebida, Ribamar comentou que ouviu rumores, não desmentei e nem confirmei, naquele momento não conseguia olhar para o Ribamar, sinceramente cara, não gostaria de falar sobre isso.
Ribamar me chamou no canto e disse, Porra cara, você sempre diz que é uma ilha, uma fortaleza, sei lá, o mais firme o mais foda dos amigos, e faz algo sem pensar, cara acho que está na hora de deixar a armadura cair e reconhecer tudo isso, você tem amigos, e imagine se fosse consumido o que você foi fazer, nesse momento passou um filme na minha cabeça, chega uma hora que precisa avaliar as coisas, e você não tem feito isso.
Quando me falaram não acreditei, o fato de você e beber sua cerveja e achar que está bem, não faz desse seu ato, um ponto de equilíbrio, sinceramente, tenha mais juízo e pense bem, nas atitudes, impulsos, eles nunca é algo pensando.
Nesse momento, bebi mais um pouco e refletir agradeci ao Ribamar, ainda bem que não rolou.


Wake up young man, it's time to wake up
Your love affair has got to go
For 10 long years, for 10 long years
The leaves to rake up
Slow suicide's no way to go, oh
Blue, clouded grey
You're not a crack up
Dizzy and weakened by the haze
Moving onward
So an infection not a phase
Yeah, oh

quarta-feira, 17 de junho de 2015

O rei Ricardo a Lisbela e o Bêbado da esquina

Estava vindo da casa do Ribamar, tinha acabado de jantar, a esposa dele fez uma carne ensopada de primeira, tínhamos conversado sobre o caso da menina aqui do Rio de Janeiro que foi alvo de uma intolerância religiosa, uma covardia, diga- se de passagem, voltei para casa, liguei o rádio e coloquei um pouco de conhaque, para amortizar um pouco o frio e o momento, estava tocando uma musica bem baixa, quando toca o telefone, putzs, a essa hora, quem será que? Do outro lado da linha, uma voz fina e meiga, Oi, sabe quem é? Sim, reconheci a voz do João Pelado e da pequeninha que gostava da Barbie, nossa, principio de infarto, pernas tremendo, feito vara verde, Oi tudo bem? Sim, nossa eu pensando, poxa a pequena me ligando, em alguns instantes durante a ligação entrei em uma nova dimensão, intercalando entre o real e a outra dimensão, por alguns instantes não queria falar nada,só ouvir o que ela, dizia, mas perguntando como eu estou, o que estou fazendo, como vai a faculdade, as novidades, eu queria ter algo novo para poder falar, Ribamar tinha dito mais cedo, que a minha vida está parecendo o Corcel 76 do vizinho aqui, parado, só lembrando de tempos bons, na hora, não curti isso, mas analisando acho que sim, disse a ela que tenho feito coisas legais, semana passada ajudei o meu vizinho a carregar uns entulhos, e que também fui a lugares bacanas e foda, pensando bem, ir casa de um amigo do meu amigo, que mora no mesmo bairro, onde é bacana e foda,  o que tenho feito de bacana, não fiz nada, mas a sensação de falar com ela pelo telefone, foi imensurável, uma vibe tão boa, mesmo ela falando que vai a todos os eventos até o fim do ano com o namorado dela, Rock in Rio, Los Hermanos, Pearl Jam, Missa do Galo, Parada de 7 setembro, na farmácia da esquina, ao enterro do B.B. King, nossa muita coisa, poxa sua vida está agitada mesmo, e eu não consigo administrar casa, trabalho, faculdade, mas tiro o chapéu pela sua desenvoltura e polivalência, o papo estava bom, até perguntar o por que terminamos, queria ter uma conclusão definitiva sobre tudo isso, até por que, não beberia tanto ou simplesmente seria uma pessoa melhor,sem que o passado todo dia me assombrasse e me torturasse pelo erro que fiz, fico feliz por está namorando, nossa feliz mesmo, 7 meses, o tempo passa, nesse momento queria que ele passasse para mim. 




Algumas decisões são tomadas, 
você só se lembrará de 5 delas, 
As 4 piores que você escolheu
E a que mais te fudeu


                              


                                       Why not try it all?
                                     If you'll only remember it once

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Vendendo pastel na porta da igreja.

Ontem a noite chamei o Ribamar para ir a igreja comigo, não sou bom nisso, de rezas, orações e tudo mais, pareço com a música do Paulinho da Viola, não vou a igreja não sei rezar e nem ascendo uma vela para o meu orixá, mas pedi a companhia do amigo, não disse o que era, Ribamar logo estranhou o fato de eu ir a igreja, geralmente sou um cara acostumado a convidar ou ir com amigos a um bar, Ribamar ficou questionando o por  que de eu ir a igreja, primeiro perguntou se eu estava doente, disse que não, se estou não sei , e também antes de ir a igreja iria ao médico, olhou para mim, com um sorriso maroto e disse, entendi , está afim de alguém da igreja, disse que não, então está querendo impressionar alguém , abaixei a cabeça e fiquei quieto, chegamos a igreja e Ribamar perguntando de tantos por quês de eu estar ali, não disse nada, e no final ele entendeu.
Mas pedi a Deus que dê tudo certo com a minha prece, oração, louvação, sou um cara que bebe e vive feito um cowboy , no final fomos embora, parei em um bar, Ribamar, ficou perturbando, sai da igreja e pedi uma cerveja gelada, disse que fui a igreja pedir uma graça para uma pessoa especial, não era para mim, por isso estava dispensando e poderia beber.
Ribamar me olhou e disse, cara um dia entendo você, agradeço a sua companhia amigo mas agora quero ficar em paz, tomando essa cerva gelada.



Eu não preciso de um talismã
Nem penso em meu amanhã
Vou remando com a maré
Eu não preciso de patuá
Nem peço ao meu orixá
Não vou na igreja, não sei rezar
Mas tenho fé
Pois agora quem eu quis
Também me quer


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Assistindo ao filme meu primeiro amor, na casa do Ribamar.

Fui jantar ontem na casa do Ribamar, a esposa dele, me chamou para conversar, pensei putzs, deve ser algum esporro, bronca ou qualquer coisa assim, para minha surpresa ela veio falar sobre ela, queria desabafar algo do passado que veio a tona, sentamos no canto da sala, aproveitamos que o Ribamar tinha ido na casa de uma tia dele, que mora numa esquina ali perto, rapidamente peguei a garrafa de vinho e ela, começou a relatar, disse que antes de se casar com o Ribamar ficou com um rapaz e esse mesmo rapaz teve que ir embora e esses dias, ela o reencontrou no mercadinho aqui, ficaram conversando por algum tempo, mas sem intenção ou algum tipo de maldade, mas ficou perturbada sobre o encontro, fiquei pasmo, estático, confuso, enchi o copo, cocei a cabeça, e olhei, cara não sabia disso, achei que o Ribamar foi seu primeiro namorado, primeiro de tudo, ela disse que sim, foi o primeiro e ainda continua sendo o único, mas o encontro, a deixou perturbada, e perguntou o que fazer, olha cara, sou a ultima pessoa que poderia te dar uma orientação, cê sabe muito bem que sou um fracasso, em questões sentimentais, mas o que de fato, rolou entre vocês dois? Um namoro que não foi namoro, vocês ficavam se encontrando e mandando cartas um para o outro , não é necessariamente um relacionamento, até por que você disse, que ambos tinha 13 anos, mas vocês tiveram noticias depois que ele sumiu? Então cara, você só queria viver aquele momento novamente com ele, mas sem sair desse presente que você vive, é por que ele, sumiu e você acha que não tiveram um final, vocês dois podem ser amigos, mas converse com o Ribamar, aposto que disse ele não sabe, por que eu também já saberia, sei que é uma situação que só compete a você, mas precisa conversar com ele, até por que você só se encantou por que gostaria de viver aquela sensação, faz o seguinte o encontre, converse, fale sobre sua vida, pergunte como ele está e diga até logo, invente ou faça um final para vocês, funciona comigo, eu tive a chance de encontrar a baixinha e criar um final, foi bom, fiquei bem, tirei um peso, por que me sentia sufocado, pelo sentimento de que, nos conhecemos, tivemos um meio e não tivemos um fim.
Agradeci pelo vinho, pedi para levar a garrafa para casa, e fiquei lisonjeado pela confiança depositada em mim, pena eu não ser a pessoa adequada para tais questões, e fui para casa lembrar da despedida que tive com a baixinha, ou se preferir como ela mesmo disse, o final que eu escolhi, beijos, abraços, sorrisos e a certeza de que realmente rolou uma felicidade e alegria de ambas as partes.



sexta-feira, 5 de junho de 2015

Inverno no Maranhão

Esse feriado , convidei o Ribamar para tomar algumas cervas aqui em casa, uma cerva aqui, um tira gosto ali, Ribamar olhou em volta, disse, cara bacana você tem milhares de livros, CDs, discos e muitas informações aqui, adoro vir na sua casa, tenho a mesma percepção de quando tinha 16 anos, pôster de bandas, plásticos de miojos, fanzines, convites para shows, mas cara olhando bem, você tem uma prancha de surf no seu quarto, mas não vejo fotos de mulheres aqui, ou meninas que estejam saindo com você. Amigo Ribamar, cê está super certo, não tenho fotos, por quê, não estou saindo com ninguém e estou em um momento que nem quero, tenho ido a um psiquiatra e estou fazendo algumas terapias, mas tenho bebido para amenizar, Ribamar me olhou fixamente e perguntou se não tenho vontade ou saudades de estar com alguém Nesse momento, abrir o wiskey, coloquei Alice in Chains e disse, cara na falta de alguem , coloco AIC e bebo. Agora vamos falar sobre outra coisa, por que solidão, ta foda e estamos no inverno






Ouvindo Roberto Carlos em casa.

Não sou de me vangloriar, mas confesso que sou o campeão em fazer besteira, sou acima da media em na arte de fazer besteira, hoje eu tomo esse wiskey, em comemoração a besteira que eu fiz, em te perder, não sei por que, mas olhando as suas fotos e lembrando de você, tenho muito a comemorar, por que besteira maior, é saber que fiz tudo certo para você ir embora, e você estava fazendo tudo certo para ficarmos juntos, você sempre me abraçava e queria ficar por perto, você chorava, brigava, sorria, sentava, fazia sexo, e depois estávamos bem, eu sentava, ouvia uma velha canção, que me deprimia e ficava guardando comigo, tudo aquilo, acho que é hipocrisia minha, estou estudando para ser professor, querendo ser um comunicador, alguém que consiga passar algo, ensinar e pasmo eu, que em um relacionamento, não consigo me expressar, olho fixamente, faço um ensaio na cabeça, minha mente, discuti comigo mesmo sobre isso, quantas vezes, sentado no sofá, não estava só olhando para você, estava conversando com você, minha falta de coragem de conversar com você, discutir, por que  de tantas coisas, transcendeu e eu falava com você por telepatia,acho que de tanto ouvir aquelas musicas, bandas, cantores e andar com amigos drogados, virei um drogado por tabela, mais não vem ao caso agora, queria ter tido coragem, de conversar com você, por todas as vezes que enseai, comigo mesmo, mas desculpe, hoje eu nem tenho coragem de ligar para você, afinal exclui seu numero, mas ainda tenho a esperança de que você tenha o meu, de todas as maneiras possíveis de sentir saudades de alguém, eu tento esquecer você  bebendo, confesso que não tem wiskey, vinho, cerveja, batida, caipirinha, que dê jeito, por que quando bato na cama, é pior, estou mandando está mensagem, nunca tinha feito isso, mais vi seu face, vi suas fotos, olhei o seu sorriso, cara, é por que estou no trabalho, se não já estaria nos cantos, de cabeça baixa, ouvindo um som que lembre você e bebendo, e questionando a Deus, o por que de não está com você.
Preciso parar de escrever aqui e  sair dessa melancolia, acho que vou arrumar alguém, deve ter alguma guria, que goste de caras que fazem Geografia, que bebe cerveja e escuta Roberto Carlos para lembrar de alguém.