a voz parecia desesperada, Ribamar deu um pulo da cadeira e foi ao encontro, voltou correndo e pegando a chave do carro e me pedindo para poder acompanhar ele, deixei em cima da mesa, um prato bem delicioso e meia taça de vinho.
Ribamar sem folego dizia, que a vizinha da rua, Dona Gerusa estava passando mal e precisava ir ao hospital urgente, por um momento, penei, hospital, uma senhora que vive sozinha, lembrei do meu pai, que faleceu e eu ainda não tenho forças suficiente para poder dizer que estou bem.
Infelizmente a senhora não tem plano de saúde e tivemos que levar ela, um hospital publico, que mais parecia um açougue, em 30 minutos, 6 pessoas, tinha perdido a vida, é apavorante, um hospital, mas colocaram ela, na maca e transferiram ela, para uma sala.
Fui beber um café, essas coisas assim, sempre me deixam apavorado, em seguida, dei uma volta
em todo o hospital, a dona Gerusa, parecia que iria ficar em observação, passei em um quarto e tinha um senhor lendo a bíblia, aquilo foi marcante, no momento mais difícil, ele ainda está agarrado com aquilo que faz bem para ele, fui interrompido, Ribamar veio me chamar para ir embora, a senhora vai ficar em observação e amanhã a esposa do Ribamar, vai vir ficar com ela o dia todo, as vezes acho que Ribamar, é o cara mais foda que já conheci, as gentilezas que ele faz, não tem comparação.
Na volta, estávamos falando do ocorrido e Ribamar perguntou como eu estava me sentindo, sobre a morte do meu pai, disse que é foda, que todo dia eu sonho com ele, sinto, ele na minha casa e que estou pensando seriamente em matar as vezes, outras vezes de sumir, mas tenho que ter a cabeça no lugar.
Ribamar, estacionou o carro e pediu para eu dormir na casa dele hoje, por que, ficou assustado com o meu desabafo, agradeci e disse que preciso dormir em casa, e que o jantar estava maravilhoso e pedi para levar o resto do vinho, que ainda preciso ficar um pouco chapado.
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